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O consumo nas redes sociais

O surgimento da internet é algo razoavelmente novo na vida das pessoas. Muitas delas só adotaram a novidade depois dos 40 anos, mas mesmo assim já temos toda uma geração que cresceu conectada, trocando mensagens desde o falecido ICQ até o atual WhatsApp. A internet começou a ser apresentada há 20 anos e em cinco anos já tinha atingido 30% de penetração nos domicílios em países desenvolvidos. Porém, apenas em 10% daqueles considerados em desenvolvimento, segundo a União Internacional de Telecomunicações.

Atualmente, de acordo com a Secom (Secretaria de Comunicação Social), 60% da população brasileira, aproximadamente 110 milhões de pessoas, estão conectadas à internet, seja por meio de computadores ou smartphones (meio que mais cresce como forma de acesso). Esse número deve crescer, uma vez que não representa todo o seu potencial.

Em outro levantamento, realizado pela comScore, empresa especializada na mediação de audiência online, o Brasil supera a média mundial de tempo gasto em visitas às redes sociais, com sessões que duram em média  18,5 minutos. Globalmente, o período de permanência é de 12,5 minutos por acesso. Ao todo, o Brasil é responsável por 10% do tempo total consumido globalmente nas redes sociais, ocupando o 2º lugar no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos.

A mudança provocada pela internet no hábito dos consumidores vai desde a busca por informação, uma compra ou até a solicitação de um táxi. Novos hábitos que influenciam diretamente a maneira com que se relacionam com as marcas. Porém, parte significativa da mudança ocorreu por meio das redes sociais, que contribuíram para mudar a forma como nos relacionamos e nos apresentamos ao mundo.

Perfis nas redes sociais são agora seguidos por milhões de pessoas de qualquer lugar do mundo, opinando, criando conteúdo ou apenas compartilhando momentos do seu dia a dia. Por isso, se perguntarmos à nova geração o que desejam ser ou fazer, há grandes chances de ouvirmos que querem ser um Influenciador digital ou Youtuber, por exemplo. Dificilmente ouvirá que desejam ser atores da novela das oito como acontecia no passado.

Com um número cada vez maior de conexões, os perfis das redes sociais passaram a editar o trabalho das marcas que devem se adaptar e se aproximar de seu público. Contudo, personificar uma marca em um perfil e participar das conversas que acontecem em seu universo tornou-se um desafio e uma grande oportunidade para as empresas.

Está é uma das razões pelo qual o marketing de influência cresce rapidamente. As campanhas de marca têm se associado aos chamados influenciadores digitais para falarem sobre seus produtos e serviços nas redes sociais. Escolher o melhor perfil para representar os atributos da sua marca e medir o real engajamento deste novo componente do marketing é fundamental.

É importante lembrar que a figura de um influenciador não é ser apenas mais uma mídia, mas sim um criador de conteúdo eficiente, gerando uma comunicação mais assertiva aos seus consumidores. Foi por essa razão que criamos o projeto Airfluencers, uma plataforma de análise qualitativa e quantitativa de influenciadores nas redes sociais.

Porém, como nada nas redes sociais é estático, aprendemos a utilizar ou readaptar suas funções. O Instagram, que inicialmente era uma forma de dividir sua vida em fotos com amigos, foi a principal fonte de pesquisa e inspiração para meu casamento, por exemplo.

Quase todos os fornecedores foram encontrados ou, ao menos filtrados, através do Instagram. É uma rede importantíssima para buscar conteúdo e referências. Por esse motivo, ele é praticamente toda a plataforma de e-commerce para algumas novas empresas.

Por outro lado, as redes sociais também podem ser controversas e polêmicas. Recentemente o Facebook anunciou mudanças em seus algoritmos e maior controle sobre alguns tipos de publicidades, tal como os dark posts.

Nesse sentido, as eleições presidenciais americanas mostraram a importância das redes sociais no campo de guerra político, e estão no centro da polêmica envolvendo Donald Trump e os russos.

Por esses episódios, devemos considerar dois fatores que de alguma forma estão ligados: as fake news e os algoritmos de distribuição do conteúdo entre os usuários, ou que muitos chamam de filtro bolha.

As fake News, por exemplo, devem ganhar maior destaque e atenção este ano com as eleições no país. As verbas devem sofrer uma migração importante para o digital e, por isso, devemos ficar atentos e críticos ao que lemos, compartilhamos ou até mesmo curtimos nas redes sociais. Medir esse campo de batalha com imparcialidade é um de nossos desafios com a Airdata, plataforma de mineração de dados da rede social, que capta e tira recortes do que é postado em perfis públicos.

Mas tudo isso pode não valer por muito tempo, pois o desenvolvimento de novas redes sociais não para, e já existem novas opções que muitos ainda nem ouviram falar, como o Musical.ly ou Twitch. Seja como for, as redes sociais devem evoluir e trazer ainda mais poder às pessoas.

FONTE: Portal da Comunicação

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