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A comunicação no agronegócio da porteira para fora

Quando a comunicação no agronegócio é destinada ao público que está envolvido no assunto, ela costuma ser bastante simples: consiste apenas em transmitir informação e conhecimento que serão recebidos em linha reta para um público que compreende e está inserido nas ações do setor. Ela serve para apoiar o negócio e ajudar os produtores a tomar decisões importantes, ou seja, é sempre muito bem vinda.

No entanto, o mesmo não acontece quando essa comunicação passa da porteira para fora, principalmente quando empresas do setor divulgam para a sociedade em geral ações e números da sua área de atuação, que podem não ser bem interpretados pelo público leigo. Este foi o tema discutido no 1º Encontro Setorial de Agronegócio, organizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). Afinal, como desmistificar a figura de “vilão” do agro?

Com exposições de Regina Maia, gerente de Comunicação Corporativa da Raízen, Antônio Reche, editor-responsável e apresentador do programa Mercado Futuro, Ênio Campoi, sócio-diretor da Mecânica de Comunicação e Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR, o encontro se propôs a encontrar uma nova visão para a comunicação no agronegócio, apontando uma necessidade de evolução e de transparência com as práticas aplicadas pelas empresas do ramo.

Afinal, não é de hoje que a população tem visão negativa do ramo. “Existe uma imagem negativa do agronegócio desde os tempos coloniais, quando a escravidão, o colonialismo e a exploração de imigrantes tomaram conta da atividade”, apontou Antônio Reche, durante sua exposição.

Os números mostram que, apesar de os agricultores estarem entre as cinco profissões vitais do Brasil, muita gente ainda desconhece a importância do agronegócio para a economia e para tudo aquilo que é consumido no nosso dia-a-dia. Ênio Campoi mostrou números de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) que apontou que 56,5% da população da Região Sudeste não compreende a atividade. No Brasil, apenas 33,4% da população acredita que o país possui um grande desenvolvimento na área.

“Conteúdo é informação. Nós precisamos trabalhar com a forma”, apontou Ibiapaba Netto, apontando um caminho necessário para começar a mudar esta realidade. Netto defendeu a humanização da comunicação corporativa, ou seja, procurar maneiras de aproximar o conteúdo apresentado do público a ser atingido, de forma com que as pessoas também passem a se sentir parte desta cadeia.

Aqui na TEIA Editorial, nós trabalhamos todos os dias para contar essas histórias como elas merecem – ou seja, cheias de importância e de vida. Afinal, nós acreditamos no poder de mudança deste setor para a sociedade. E você?

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