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O streaming é a salvação da indústria musical?

por Izadora Pimenta*
Todo mundo procura um jeito fácil de ouvir música a toda hora, em qualquer lugar. Aqui no Brasil, o sueco Spotify, que chegou há menos de um ano, já é um dos serviços de streaming mais populares para estes fins. Sua facilidade para encontrar álbuns e artistas e a opção de não precisar de uma assinatura para utilizar a versão mais simples cativou muitos usuários – mesmo sendo este o último do tipo a chegar ao país, já que as francesas Deezer e Rdio apareceram antes por aqui.

O streaming online, por sua vez, possui uma relação de amor e ódio com os artistas que divulga. Alguns amam, mas outros, como a cantora Taylor Swift, não permitem a inclusão de suas músicas. O repasse que os artistas recebem das gravadoras, muitas vezes, é muito baixo. Com isso, eles temem que a facilidade de acesso através do streaming impeça a venda dos discos físicos.

streaming

No entanto, ele pode ser a resposta para a indústria musical, que passou a enfrentar um dilema na era dos downloads ilegais e, agora, encontra uma esperança: em 2014, o streaming faturou mais do que o CD nos Estados Unidos. E a tendência é crescer ainda mais.

A briga, claro, ainda é grande. O montante que o Spotify paga às gravadoras é de R$0,02 por cada audição de uma música no serviço, mais 80 centavos por direitos autorais a cada dólar que entra proveniente de uma assinatura “premium” (que dá direito ao usuário de ouvir uma música sem propagandas). De janeiro a novembro de 2014, 1 bilhão de dólares foram distribuídos em royalties — o mesmo valor foi pago no período de 2008 a 2013.

O Spotify não divulga ainda os números brasileiros, mas vem ganhando adesão de diversos artistas por aqui, desde os novos, como Anitta, até nomes mais consagrados, como Gilberto Gil. O único dado divulgado pela empresa até então é que, dos 58 países aos quais o serviço chegou, o Brasil teve o crescimento mais rápido no número de usuários.

Resta saber se os hábitos dos consumidores continuarão a seguir a mesma linha nos próximos anos para definir o sucesso do streaming. Mas não há dúvidas de que a tendência é que as pessoas achem cada vez mais fácil escutar música com apenas um clique.

(Quem já for adepto do Spotify pode ouvir uma playlist com as minhas músicas favoritas de 2015 até então)

 

IzadoraPimenta_TEIA2-180x180 Apaixonada por música e por boas histórias, Izadora é formada em Jornalismo pela PUC-Campinas. Possui experiência em vários segmentos, desde reportagem até assessoria de imprensa, especialmente em assuntos como cultura, entretenimento, redes sociais e agronegócio. Também trabalha com diagramação, coleciona instrumentos musicais e leva o karaokê a sério.

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