Blog da Teia

Por dentro do dia a dia da criação editorial

Lá vem o “textão”

* por Carolina Carrijo

Vamos falar de textão nas redes sociais?

Nos últimos dias eu reparei que as pessoas estão nos avisando quando vão publicar um texto grande (grande, por que ficou definido que nas redes sociais, quanto menor, mais atenção ele chama). Com isso a pessoa se sente livre dos julgamentos que possam surgir apenas por que resolveu postar um textão.
Mas a verdade é que as pessoas não são marcas e não deveriam ficar se preocupando com quantidade de caracteres para se comunicar: com lead, com um micro resumo do que aconteceu ou com textos curtos para atrair a atenção dos leitores.
Precisamos de conteúdo de qualidade e de relevância. Precisamos prestar mais atenção nas pessoas, nos diálogos que podemos criar, nas discussões que podem mudar nossas opiniões e nos fazem aprender sobre o que é ter opinião e respeitar a dos outros. Precisamos parar de achar que tudo o que dizem é “mimimi”.
Faço a seguinte avaliação, se tenho pessoas interessantes que estão nas minhas redes sociais, não vou me preocupar se vou escrever com 140 ou 1.400 caracteres, e a recíproca é a mesma: ninguém deixa de ser meu amigo, colega de trabalho ou um simples contato pelo fato de ter feito um textão nas redes sociais. O que eu avalio de verdade é o conteúdo que ele traz e se isso tem alguma coisa a ver comigo.
Vamos parar de cantar vitórias no Facebook e começar a falar da vida real?
O Daniel Bovolento, do blog ‘Entre todas as coisas” já disse no Content Summit de 2015: “as pessoas querem textão”. Nada melhor do que um especialista em grandes textos para nos dizer se essa prática realmente dá retorno e atinge os objetivos da comunicação. Aliás, se você não conhece o blog, já passou da hora de acessar o site e se aprofundar em muito textão sobre comportamento, relacionamentos, cultura, listas e muito mais.
Outra pessoa que considero a rainha do textão é a Jout Jout. Aí você pensa: mas Carol, ela não tem blog, tem canal no YouTube! É a mesma coisa, não importa a mídia, os vídeos da querida Julia Tolezano são depoimentos, crônicas, desabafos e análises bem humoradas sobre a vida e o comportamento humano. E não precisam ser curtinhos de apenas 30 segundos.

Não é uma crítica
Não estou criticando a forma rápida de se comunicar na internet, muito pelo contrário: acho que a informação curta e imediata faz com que as pessoas absorvam o conteúdo de forma mais rápida, e assim, passam a ler mais. Sou a favor da diversidade de leitura, assim como grandes autores já se diferenciavam no passado, muito antes da existência da Internet. Posso citar William Faulkner, com foco na oralidade e Marcel Proust, mais literário.
Essa mesma diversidade também se encontra nas plataformas digitais: para os textos curtos existe o Twitter e para os vídeos curtos, o Snapchat. Se você é fã do textão tem blog, Medium ou os canais do YouTube. Se a sua praia são as imagens: Instagram e Pinterest.
Se você quer tudo junto e misturado, tem o Facebook!

Mãe 24 horas por dia, Jornalista e apaixonada por internet e redes sociais. Hoje o seu foco é métricas e monitoramento. Passa o dia todo conectada e sempre que pode marca presença em eventos e cursos da área. Além disso, Carol tem experiência em assessoria de imprensa e endomarketing.

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