Blog da Teia

Por dentro do dia a dia da criação editorial

Indústria Criativa – Uma boa opção frente à crise

* Por Rafael Bandoni

Você já ouviu falar da Indústria Criativa? E da Economia Criativa? A explicação é simples como o termo: indústria criativa são todas as áreas que têm o seu ganha pão na criatividade dos seus colaboradores. A área de design, games, gastronomia, fotografia e algumas outras fazem parte dessa indústria. A economia criativa, portanto, é o dinheiro que todo esse mercado faz girar – uma remuneração pela criatividade, pelo conteúdo.

Apesar de ser uma definição simples, entrar nesse mercado exige certo empenho. A indústria criativa do Brasil cresceu, nos últimos 10 anos, 70%. Ao passo que viu o PIB desse mesmo mercado bater R$ 126 bilhões em 2013 – e só tende a crescer. Não é mais brincadeira de criança, até abrir canal no YouTube se tornou um negócio sério e os youtubers estão se comportando cada vez mais como empresários. E essa seriedade, aliada ao talento dos que fazem parte do mercado é a explicação pra todo esse crescimento.
Conteúdo é escasso, não é fácil de ser encontrado em qualidade e quantidade, a valorização de quem sabe fazer é essencial. E nesse cenário, a indústria criativa ganha seus apoiadores, patrocinadores e investidores. Mesmo em época de recessão, ela continua crescendo a níveis galopantes, e o cenário de crescimento se mantém positivo para os anos seguintes.
Mas não se engane pensando que isso é um fenômeno apenas brasileiro. A Unesco divulgou um dado que diz que a economia criativa representa, em média, 5% do PIB em pelo menos 40 países – com detaques para a Bósnia e Herzegovina (5,7%), a Argentina (3,5%) e a Colômbia (3,4%). E nem só de dinheiro vive a economia e a indústria criativa, ela também contribui no desenvolvimento social com um potencial para gerar bem-estar, autoestima e qualidade de vida para indivíduos ou comunidades.
Legal, a economia criativa é crescente e a indústria é um terreno extremamente fértil. Mas não está saturando? Bom, pelo menos não é o que parece. Diferente da indústria de consumo, como bens não duráveis, quanto mais consumimos da indústria criativa, mais ela existe. Peguemos, por exemplo, os mercados do design, da gastronomia e do cinema: quanto mais peças publicitárias, pratos novos e filmes o público assistir, mais peças, pratos e filmes a indústria terá que produzir. A criatividade não é escassa, um produto feito de matéria prima pode ser finito, mas a área do cérebro que conecta ideias e inventa coisas novas não.
Isso explica, entre outros fatores, o crescimento do número de youtubers e o grande número de pessoas tendo isso como sua principal fonte de renda. Quanto mais youtubers são consumidos, mais conteúdo será criado. E o melhor disso tudo: por mais que exista um certo cenário competitivo, consumir um conteúdo da indústria criativa nunca vai te impedir de consumir outro. Não é como um tênis que você compra porque precisava e deixa de comprar dali em diante, um vídeo assistido agora sobre “games” ou uma foto tirada de uma viagem não invalida demais vídeos ou fotos. É um processo incrivelmente sustentável!
Não é a toa que o próprio Google reconhece: conteúdo é rei! E você, anda investindo nessa indústria?

* Apaixonado por música, Rafael é publicitário e sem querer acabou mergulhando de cabeça no mundo digital. Já atuou nas áreas de redes sociais e planejamento digital com clientes de diferentes segmentos, acredita que a métrica certa é o segredo pro sucesso e promete o cliente amado de volta em três tweets.

Mais recentes

Comunicação além do valor informativo

Canal Coma Bem vai até o Rio Grande do Sul gravar série de reportagens

A importância de uma comunicação eficiente no LinkedIn para empresas