Blog da Teia

Por Izadora Pimenta*

Toda segunda-feira, quando abro meu Spotify, logo vou olhar minha playlist “Descobertas da Semana”. Afinal, este é o dia no qual o aplicativo renova a curadoria de músicas que ele acha que eu devo escutar, com base naquilo que eu já gosto e ele sabe bem. E são muitas as vezes nas quais ele acerta aquilo que eu gosto.

A Internet agora aposta em curadoria de conteúdo e trabalha firme para humanizar estas relações. O algoritmo que diz se você está interessado em algo é uma realidade que se faz tão presente que muitos serviços querem o caminho inverso – deixam que os outros escolham por você.

Recentemente, o Twitter lançou a ferramenta “Moments”, que reúne o melhor dos portais de notícias e dos tópicos mais comentados na Internet naquele dia. A curadoria é feita manualmente por uma equipe de jornalistas, o que fornece uma melhor qualidade para o conteúdo apresentado.

Na mesma toada, um aplicativo de paquera chamado “Once” começou a funcionar no Brasil nesta terça-feira (1). Diferentemente do popular Tinder, que puxa interesses e proximidade a partir do Facebook para lhe sugerir pessoas, da mesma forma que a rede de Mark Zuckerberg nos fornece anúncios, o Once trabalha com curadoria humana para combinar pessoas, como se fosse aquele seu “velho amigo” lhe apresentando uma pessoa que você deveria conhecer.

Isso tudo porque, por mais que os algoritmos sejam inteligentes, não há ninguém melhor para entender um humano do que um outro humano. Emoções e elementos com significado, por exemplo, passam batido pelas máquinas. Apostar nestes novos “amigos” que recomendam coisas é mais uma forma interessante da Internet imitar a vida real.

*Apaixonada por música e por boas histórias, Izadora é formada em Jornalismo pela PUC-Campinas. Possui experiência em vários segmentos, desde reportagem até assessoria de imprensa, especialmente em assuntos como cultura, entretenimento, redes sociais e agronegócio. Também trabalha com diagramação, coleciona instrumentos musicais e leva o karaokê a sério.